Eu o amo X Eu lhe amo
Os oblíquos a, o e lhe se referem à 3° pessoa do discurso e funcionam como complemento do verbo. a e o exercem a função de objeto direto. Já o lhe é objeto indireto. A declaração de amor pede o oblíquio a ou o : " eu o amo ", pois amar é transitivo direto. Convém usar lhe em frases como: " eu lhe disse " ( disse a você ).
Deixa eu falar X Deixe-me falar
Deixar , fazer e mandar são, em certas construções, auxiliares indicadores de causa: Deixar alguém falar. Como alguém exerce função de sujeito da forma verbal falar não há problema no uso eu. Isso inviabiliza o uso do pronome reto: muitos optam pelo oblíquio me: " Deixa-me falar", " deixa-os falar".
Entre mim e ti X Entre eu e você
Os oblíquios tônicos (mim, contigo, comigo, consigo, si, conosco e convosco) são usados após preposição ( de mim a você ) e os retos ( ele, ela ) funcionam como complemento quando preposicionados ( elas lutam contra ele). Portanto, as construções-padrão são entre mim e ti; entre mim e você.
Este é seu problema X Esse é seu problema
Este indica algo próximo do falante ou que será mencionado: " Esta caneta que estou usando é boa ", " Este é seu problema: preguiça ". Esse indica algo que esteja próximo com quem se fala ou quilo que foi mencionado: " Essa caneta na sua mão é azul? "; " Preguiça: esse é o seu problema ". Para falar de seres já citados, usa-se este para o último e quele para o primeiro.
Eu penteei os meus cabelos X Eu penteei os cabelos
Em construção como " O jogador quebrou a perna " não há necessidade de pronome possessivo, pois a ideia de posse é clara. O pronome configuraria redundância. Por isso, " eu penteei os cabelos", " Pedro recuperou a memória ". É possível substituir o possessivo pelo oblíquio em construções como " Aquela mulher beijou-me a boca "; " Eu roubei-lhe um beijo ".
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